O homem acusado de estuprar e matar uma grávida durante um roubo na casa da vítima em Juazeiro do Norte, no interior do Ceará, foi condenado nesta quinta-feira (15) a 75 anos e nove meses de prisão. A sentença inclui a condenação pelos crimes de aborto sem consentimento e corrupção de menores, cometidos na ocasião.

Segundo denúncia do Ministério Público do Ceará, na madrugada do dia 5 de janeiro de 2020, Leandro Cardoso dos Santosirmão do padrasto da vítima, invadiu a casa de Maria Cheyla Cristina Lima Lins, de 34 anos, na companhia de dois adolescentes. Na data do crime, ela estava grávida de seis meses.

Durante a ação, o grupo amarrou a gestante com o fio de um carregador, estuprou e a matou com golpes de faca. Após o crime, os suspeitos alteraram a cena para dificultar o trabalho da perícia.

Dias depois, a polícia apreendeu um adolescente de 17 anosvizinho da gestante, que confessou a participação no latrocínio e apontou a participação dos demais acusados.

Durante o julgamento, o Conselho de Sentença reconheceu a autoria dos crimes imputados a Leandro e determinou:

 

  • 50 anos de prisão pelo latrocínio (roubo com a morte da vítima);
  • 14 anos e dois meses pelo estupro;
  • 8 anos e 8 meses de prisão pelo aborto não consentido;
  • 2 anos e 11 meses de reclusão por corrupção de menores e
  • dez meses e 24 dias de detenção pela fraude processual (adulteração da cena do crime).

 

O juiz Ramon Aranha da Cruz, do Conselho de Sentença da 1ª Vara Criminal de Juazeiro do Norte, definiu o regime inicial fechado e negou ao réu o direito de recorrer em liberdade.

"Considerando que o acusado respondeu preso ao processo, entendo que os requisitos para a manutenção da prisão do réu se mantêm e se solidificaram após o reconhecimento da sua responsabilidade pelo Conselho de Sentença", explicou o magistrado.

 

Mulher dormia com o filho autista

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Fonte: Portal Solonópole - G1 CE